Pegando um atalho
- Thamires Dias
- 26 de dez. de 2016
- 3 min de leitura

Economizar? Conhecer novas pessoas? Ganhar um dinheirinho extra? Aprender algo? O que você quer?
No caso de todas essas coisas, tenho uma boa notícia: Você pode ter. É acessível, é fácil, é seguro. Pode estar na palma da sua mão, na tela do computador a sua frente. Essa é a tal de economia colaborativa e vamos falar mais dela.
Um dos assuntos mais falados hoje em qualquer meio de comunicação é a crescente taxa de desemprego, que de acordo com o IBGE está em aterrorizantes 11,3%, referente a Junho/16. Na roda de amigos onde o papo era sobre futebol, o assunto mudou, agora é: nenhum. Não está sobrando para sair, ou para um cursinho de especialização. Roupas novas? Passado distante. Então talvez pudéssemos saciar nossos desejos e necessidades de uma forma colaborativa, pegar um atalho no caos e sair do óbvio, do tão sonhado e almejado emprego de carteira assinada que hoje claramente não suporta mais a todos, a não ser que você fale inglês, espanhol, mandarim e alemão, com experiência de 5 anos no mercado, disposto a estagiar por 500,00 e nesse caso tudo bem, o mercado precisa de você. Só que você tem grandes habilidades, desejo de viajar, etc. Como solucionar?
Com sede de consumo e conhecimento, a geração da tecnologia arrumou uma forma de resolver isso com trocas. Troca de tempo, serviços, produtos, tem de tudo! Gastar dinheiro, além de estar difícil, ficou “over”. Em startups como a Bliive, você pode trocar seu conhecimento em um idioma, por aulas de culinária, já na Tem açúcar você troca os mais diversificados itens com seus vizinhos. Estimado pela Nielsen, em 60 países 2 em cada 3 pessoas querem compartilhar algo e isso é incrível, dados mostram que existe algo maior que a linha filantropa, mas o mercado rentável que temos pela frente.
Esse é o caminho que milhares de brasileiros estão pegando atualmente, para saciar seus desejos e necessidades que vão além de bens supérfluos. Com isso vem a necessidade do ser humano voltar com suas interações, voltar a se preocupar com a própria imagem para gerar um retorno através disso, como se você fosse uma marca. Quantas estrelas o mercado te dá?
Uma quebra drástica ao consumismo sem freio, de forma sustentável e sem gastar mais o dinheiro convencional.
Podemos dizer que a troca é uma antiga moeda usada pelos nossos antepassados, quando ainda não havia a moeda metálica para saciar seus desejos e necessidades. Depois vieram as pedras preciosas para facilitar essas interações já que era bem complicado cortar uma cabra no meio para pagar um saco de grãos. Evoluímos e hoje vemos a necessidade de voltar a entender a utilidade que aquele bem ou serviço proporciona e se podemos trocar nosso talento para tocar violão (saco de grãos), por leituras de tarô (metade de uma cabra).
Estudamos em economia os mercantilistas, que defendiam a acumulação de riqueza como fonte de poder absoluto, o poder da moeda, dos bens, de ter mais e mais e depois, mais um pouco só para garantir, acumular era a chave! E a respeito da acumulação alguns questionamentos são feitos:
Será que a vida é somente para acumular muitos e muitos bens? E depois, o que fazemos com tantas coisas que não usamos mais e não sabemos mais o que fazer?
Essa realidade de consumo nos levou a procurar espaços cada vez maiores, para guardamos tudo aquilo que muitas vezes nem sabíamos o motivo de ter comprado.
Imagine poder usar algo que você realmente quisesse e trocar por algo que não quisesse mais, ou talvez nunca tivesse utilizado.
A economia colaborativa nos trás para uma realidade diferente e com novos mercados para explorar, nos leva a pensar em quanto mais nosso setor terciário (Comércio de bens e prestação de serviços) pode evoluir. Setor este, que tende a crescer em momentos de crise, além de cada vez mais ter um importante papel no PIB. Não se pode mais negar a força deste setor, ainda com tantas oportunidades.
As chances de inovar, se reinventar e descobrir novos caminhos estão por toda parte!
O que você quer trocar hoje?
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