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Um pouco sobre investimentos

  • Gabriel Passos
  • 25 de jul. de 2017
  • 5 min de leitura

Uma das maiores dificuldades históricas do brasileiro é consumir demais ou não conseguir poupar. Dentro dessa dificuldade temos “n” fatores que contribuem para que isso ocorra: a falta de escolaridade, pois muitos não têm conhecimentos básicos para se desenvolverem em consequência disto, a falta de produtividade dada a falta de qualificação e a falta de conhecimento sobre educação financeira. Desta forma, estou aqui para explicar um pouco sobre o mercado financeiro, especificamente sobre os investimentos em renda fixa.

O que é um investimento? Podemos determinar como uma forma de “emprestar” o seu dinheiro por um determinado tempo em troca de receber uma remuneração por isso. Em economia, poupar e investir é o que você recebe por não gastar ou consumir, os chamados juros. Funciona da seguinte maneira: Um trabalhador no final do mês, recebe seu salário e percebe o seguinte: Eu quero ganhar dinheiro apenas deixando de consumir ou, consumir somente o necessário por um ano para uma viagem. Se eu deixar na poupança, todo mês o banco me remunera uma quantia caso deixe o dinheiro ali, mas há algum tipo de investimento que eu ganhe mais? Então como faço se eu quiser investir?

Você pode investir em:

Poupança – A remuneração é dada somente após 30 dias ou fechar um mês do recurso aplicado e o risco é se o banco falir ou confiscar o dinheiro dos seus clientes. Na poupança o saque do recurso pode ser imediato, o cliente pode aplicar o recurso as 12 horas e as 12:15 voltar para fazer a retirada, por isso é recomendado alocar recursos para emergência.

Títulos de Renda Fixa – A remuneração é diária, e dependendo do investimento você pode retirar de um dia para o outro, ou após um determinado tempo de aplicação. Recomendado para alocar recursos que não terá necessidade em esse período de aplicação.

Caso queira começar a investir precisa, antes, entender quais são os tipos de investimentos em renda fixa. Há títulos de investimentos emitidos pelo governo, ou seja, ele te remunera por você investir em uma parte das dívidas públicas. Quanto mais tempo você ficar investido no título, maior será sua remuneração pois a remuneração é dado por juros sobre juros. Títulos da dívida do governo tem o intuito de arrecadar recursos para realocar em outros setores. É uma forma de o governo se financiar. Tais títulos são classificados como de risco soberano, pois só deixará de receber a remuneração se o governo falir. A instituição responsável pela emissão é o Tesouro Nacional, pode ser investido pelo sistema de investimento do governo, o Tesouro Direto. Há também os títulos emitidos pelos bancos, ou seja, você empresta seu recurso ao banco e enquanto isso, vai sendo remunerado por deixa-lo com o banco. Embora alguns títulos tenham proteção do Fundo Garantidor de Crédito, o grau de risco desses títulos é classificado pelas instituições que os emitem, onde são classificados pelas chamadas agências classificadoras de riscos. Alguns dos títulos de renda fixa são:

  • CDB – Certificado de Depósito Interbancário – Esses títulos emitidos pelos bancos são uma forma dos mesmos se financiarem. Neles, há presença de IOF (até 30 dias, ou seja, após 30 dias de aplicado, não há mais incidência de IOF) e IR (Acima de 1 dia 6 meses, alíquota de 22,5%; de 6 meses a 1 ano, alíquota de 20,00%; de 1 ano a 2 anos, alíquota de 17,5%; acima de 2 anos, alíquota de 15,00%) ao resgatar ou no vencimento. Há proteção do FGC – Fundo garantidor de crédito até R$250.000,00; ou seja, capital protegido até esse valor por instituição.

  • LC- Letra de Câmbio – Títulos emitidos por instituições financeiras, têm as mesmas características que o CDB, a diferença é que as LC’s são emitidas por financeira e não por bancos. Há FGC – Fundo garantidor de crédito até R$250.000,00; ou seja, capital protegido até esse valor por instituição.

  • LCI/ LCA- Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio – Esses títulos são os mais requeridos no mercado, pois não possuem IOF e IR. Isso quer dizer que a sua remuneração será líquida, por isso são os mais requeridos nesse mercado. Há FGC – Fundo garantidor de crédito até R$250.000,00; ou seja, capital protegido até esse valor por instituição.

  • Títulos Públicos – conforme disse acima, a emissão de títulos é uma forma do governo se financiar. Tais títulos têm as mesmas características de um CDB ao resgatar ou no vencimento, e é cobrada a taxa de custódia que é de 0,15% ao semestre ou 0,30% ao ano (é uma taxa cobrada pelo serviço de guardar o título, as informações e as movimentações, uma espécie de taxa de manutenção). Não há FGC – Fundo Garantidor de Crédito, pois o único risco é se o governo falir.

  • Fundos de Investimentos em Renda fixa - Um fundo de investimento é um condomínio que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o objetivo de rentabilizá‐los através da aquisição de uma carteira (Conjunto) de títulos ou valores mobiliários no mercado financeiro. Os cotistas de um fundo normalmente têm os mesmos interesses e objetivos ao investir suas economias no mercado financeiro e de capitais.

  • Debentures – São títulos emitidos por empresa, a maioria ligada a infraestrutura, como forma de se financiar com recursos de terceiros. São de dois tipos: Não incentivas e incentivadas, as não incentivadas têm a cobrança de IOF e IR, já as incentivadas, por decisão do governo, com o intuito de incentivar as aplicações como forma de financiar as empresas para obras de infraestruturas retirou a cobrança de IOF e IR. Não há proteção do FGC –Fundo Garantidor de Crédito. (OBS: para esse tipo de investimento, é muito importante conhecer a empresa a ser investida)

Como é dado a remuneração que recebo por investir meu dinheiro? Todos os tipos de investimentos acima têm a remuneração referenciado por um tipo de indexador e ser remunerado de formas:

  • Títulos prefixados ‐ títulos cujo rendimento é conhecido no momento da emissão. Exemplo: CDB de 30 dias remunerado a uma taxa de juro prefixada.

  • Títulos pósfixados ‐ títulos cujo rendimento somente é conhecido a posterior.

  • Mistos- títulos que possuem uma taxa prefixada em um primeiro período e, no segundo, a taxa passa a ser pós‐fixada. Exemplo: CDB IPCA, título é remunerado pela taxa do IPCA + uma taxa pré-definida ou prefixada

Selic – é a taxa de juros determinada pelo COPOM.

CDI – é o remunerador que acompanha o DI (Depósitos interbancários), é a taxa que acompanha a taxa Selic, pois é a taxa dada pela negociação de títulos dos bancos entre si.

IPC-A – Índice de preço ao consumidor amplo (Famoso índice que mede a inflação). Por ser um índice que mede a inflação pelas regiões metropolitanas de 11 estados, nós a chamamos de taxa real (taxa real é a taxa nominal a remuneração, descontada a inflação, sendo o seu ganho efetivo), pois é o índice que remunera acompanhando o poder de compra. O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

IGP-M - Índice geral de preços do mercado, índice de referência para reajuste de contrato de alugueis. Ele registra a inflação de preços variados, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. É muito usado na correção de aluguéis e tarifas públicas, como conta de luz. Serve para a faixa de renda.

Embora a poupança seja um modo de investimento onde tem bastante facilidade de aplicar e resgatar os recursos livres de impostos, sua remuneração é muito baixa em comparação a outros investimentos em renda fixa e além disso, não chega a superar a inflação, ou seja, quem deseja evitar que o valor do seu dinheiro seja corroído ao longo do tempo pela inflação deve procurar investimentos com melhores rendimentos. Levando em consideração hoje o rendimento da poupança está em 0,5195% ao mês, passando para ao ano 6,234% ao ano. A taxa Selic hoje é de 10,25, como a maioria dos títulos em renda fixa é indexado ao DI que está 10,14% ao ano. Podemos ver que há uma diferença de 3,906% de rentabilidade.


 
 
 

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